domingo, 12 de dezembro de 2010

Iluminação da casa

Cláudia Capello Antonelli*

Cinco passos para ter uma casa
sempre bem iluminada


 Quando se trata de luz, não existe certo ou errado,
mas sim o efeito mais adequado para cada situação

Hoje, podemos observar o crescimento diário de notícias que tratam do aquecimento global e suas respectivas consequências. Quando o assunto é sustentabilidade, existe sempre uma chamada conscientizando o leitor, principalmente no que diz respeito aos recursos naturais.
Diante desta situação, a preocupação em utilizar a energia de maneira adequada, sobretudo na iluminação, vem crescendo diariamente. Mas há ainda, uma grande deficiência em utilizar os diferentes tipos de lâmpadas disponíveis no mercado, no ambiente correto.
Quando se trata de luz, não existe certo ou errado, mas sim o efeito mais adequado para cada situação. Sendo assim, sugiro algumas aplicações que trazem melhores resultados no interior das residências.
Antes de tratarmos a respeito da iluminação dos ambientes, é importante explicar alguns conceitos luminotécnicos:
Temperatura de cor - Essa grandeza expressa a aparência de cor de uma luz. Sua unidade de medida é o Kelvin (K) e quanto mais alta é a temperatura de cor, mais branca torna-se a luz emitida. A temperatura de cor de aproximadamente 3000K corresponde a "luz quente" de aparência amarelada. Já uma temperatura próxima a 6500K corresponde a "luz fria" de aparência branca azulada.
Índice de Reprodução de Cor (IRC) - É a medida de correspondência entre a cor real de um objeto e a sua aparência diante de uma determinada fonte de luz. Corresponde a um número abstrato, variando de 0 a 100, que indica como a iluminação artificial permite ao olho humano perceber as cores com maior ou menor fidelidade. Lâmpadas com IRC próximos de 100 reproduzem as cores com total fidelidade e precisão.

As lâmpadas mais indicadas

A iluminação é muito particular a cada usuário, mas há sempre o produto certo para cada detalhe a ser iluminado. Existe a possibilidade, por exemplo, de iluminar uma residência inteira somente com as lâmpadas fluorescentes Lumilux T5, diferenciando apenas a aparência de cor das lâmpadas. No entanto, é importante ressaltar que a aplicação correta do produto traz grandes benefícios ao usuário final.

As cinco dicas abaixo orientam sobre os principais pontos a serem observados em um projeto residencial:

Sala de estar - Pelo fato de ser um dos ambientes mais frequentados em uma casa, a sala deve contar com iluminação agradável e flexível, capaz de ser alterada de acordo com cada situação. O primeiro passo é estabelecer a luminosidade geral para o ambiente. Neste caso, a sugestão é utilizar luz direta por meio de arandelas, lustres, pendentes, colunas ou abajures de cúpula translúcida, que iluminam de maneira agradável; ou indireta com o uso de sancas, evitando, assim, o ofuscamento. O segundo passo é a criar uma iluminação de destaque para realçar itens importantes da decoração, como quadros ou objetos de cristal em estantes. Nesse caso, podem ser utilizadas luminárias embutidas orientáveis com lâmpadas halógenas Decoestar, de modo a proporcionar uma superfície iluminada, mas é importante evitar a instalação sobre sofás e assentos, para não causar desconforto por ofuscamento direto.

Sala de TV - É importante cuidar para não haver ofuscamento direto ou indireto na tela. Para isso, é necessário utilizar iluminação linear de forma assimétrica, ou seja, centralizada no teto, além de um sistema que embute a luz no piso para iluminação de encaminhamento. Para esse ambiente não há necessidade de muita luz, apenas o necessário para a circulação.

Cozinha - Utilizar ao máximo a luz difusa para evitar reflexo, principalmente no piso. No plano de trabalho, na bancada da cuba e nas áreas de apoio, a iluminação pode ser instalada na base dos armários, com lâmpadas halógenas Decoestar embutidas. Para a iluminação geral podem ser utilizadas lâmpadas Limilux T5 com temperatura de cor fria, aproximadamente 6500K, pois estimulam a atenção para evitar os pequenos acidentes domésticos.

Banheiros - É importante ter cuidado com a iluminação de espelhos. Por isso é fundamental o uso de luz difusa, posicionada nas laterais ou sobre eles. Lâmpadas que geram pontos focais direcionados não são recomendadas, pois ocasionam sombras. Lâmpadas fluorescentes tubulares com elevado índice de reprodução de cores podem ser utilizadas embutidas com difusores em acrílico ou vidro leitoso, emitindo uma luz uniforme e sem ofuscamento.

Dormitórios - A iluminação deve ser geral, difusa, uniforme e com bom controle de ofuscamento. É interessante prever uma iluminação de cabeceira, com luminárias em cima do criado-mudo. Esta luz pode ser indireta por meio de uma sanca ou nichos iluminados também chamados de cortinas de luz. Para os dormitórios a temperatura de cor ideal é de até 3000K, pois causam a sensação de relaxamento e conforto aos usuário.
Além dessas orientações, é importante que o consumidor atente-se a potência consumida de cada lâmpada e que, principalmente, sejam escolhidos produtos de procedência confiáveis. Afinal, um espaço mal iluminado pode causar desconforto e consequentemente maior cansaço visual ao longo do dia.
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*Cláudia Capello Antonelli é arquiteta e possui mais de oito anos de experiência no mercado de iluminação. Atua como Gerente de Produtos da OSRAM do Brasil.

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