segunda-feira, 13 de junho de 2011

Setor musical aprende a ‘amar o inimigo’

Música e tecnologia

Os executivos da música estão otimistas. De várias formas, a tecnologia está começando a trabalhar a seu favor.
Ainda se trata de um negócio bem turbulento. De acordo com o IFPI, a associação internacional do setor, desde 2000, quando o compartilhamento de arquivos online decolou, as vendas globais de música gravada caíram de US$ 26,9 bilhões ao ano para US$ 15,9 bilhões. As lojas de rua de música estão fechando.

Serviços de ‘streaming’

As “saídas” digitais como o iTunes não estão crescendo rápido o suficiente para compensar o declínio das vendas de CDs. Menos de um quinto dos britânicos compraram música digital no ano passado. Os serviços de “streaming”, como o Spotify, onde é possível acessar conteúdos de artistas sem infringir leis de direitos autorais, ainda não estão ajudando muito.
O serviço de iCloud da Apple está à frente dos de outros da Amazon e da Google. Tornar as compras de música digital mais acessíveis deve aumentar as vendas. Contudo, as empresas de música não esperam que a Apple ou qualquer outra gigante tecnológica as salvem.
Os serviços de música digital como iTunes, Spotify e YouTube trazem muito menos dinheiro do que as vendas de CDs. Mas eles produzem de forma muito mais precisa dados oportunos. Toda vez que uma faixa é carregada ou tocada no YouTube, toda vez que ela é vendida no iTunes ou transmitida no Spotify, compartilhada em uma rede pirata, curtida no Facebook ou postada no Twitter, ela emite um sinal digital. Um setor “caseiro” surgiu para processar esses sinais e repassar os resultados para as empresas do setor.

Análise de dados

A Universal, maior companhia de música do mundo, está desenvolvendo sua própria ferramenta de análise de dados, conhecida como “Artist Portal”. Um “braço” britânico da Atlantic Records, que pertence ao Warner Music Group, está utilizando cada vez mais dados para aprimorar campanhas de marketing.
Caso pudessem, os executivos da música tentariam “desinventar” a internet, e talvez a Apple também. Mas a tecnologia, que já trouxe muitos prejuízos para os negócios de música gravada, vem cada vez mais dando-lhes suporte.
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Fontes: Economist - Music and technology: Digitally remastered

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