terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pode a publicidade contribuir para um mundo melhor?

Mercado Ético
Você sabia que 21 de setembro é o Dia Internacional da Paz? A data foi declarada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1981 e, como disse o então Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, “é um dia de cessar-fogo e de não violência em todo o mundo… cuja finalidade não é apenas que as pessoas pensem na paz, mas sim que façam também algo a favor da paz.”
Com isso em mente, a equipe da D&AD, uma organização sem fins lucrativos que, desde 1962, representa a comunidade global de design e propaganda, resolveu lançar um desafio aos publicitários de todo o mundo: a criação e o lançamento de campanhas relacionadas à data (saiba como participar no endereço http://www.campaignbrief.com/2011/04/introducing-the-dad-white-penc.html  - em inglês). O melhor trabalho leva o troféu White Pencil, criado em alusão às outras premiações da entidade.
Mas, afinal, a publicidade pode mesmo contribuir para um mundo melhor?
Segundo os profissionais de propaganda que participaram da mesa-redonda “Indústria da Comunicação Publicitária: uma catalisadora para mudanças”, a resposta é sim. O evento foi realizado na noite desta segunda-feira (16/8), na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em São Paulo, durante o lançamento do White Pencil na América Latina.
“Temos um poder muito grande em nossas mãos. É nosso dever usá-lo para mudar o mundo”, declara Andrea Siqueira, da agência publicitária JWT.
Para Gil Giardelli, da Gaia Creative, o mundo vive hoje uma revolução de valores. “Estamos em uma encruzilhada. Um dia de paz virá somente quando fizermos primeiramente uma revolução interna em cada um de nós. E a comunicação poderá então nos dizer para onde iremos”, acredita ele.

Perigos no caminho

A força da comunicação pode até ser um consenso, mas sua eficácia depende de alguns fatores. Marcelo Serpa, da Almap, ressalta que o maior perigo é pregar para pessoas que já estão convencidas do que se está falando. No caso da campanha proposta pela D&AD, ele acredita que para falar de guerra é preciso ter em mente as pessoas que estão nas trincheiras. “Falar disso entre nós não quer dizer nada”, aponta.
Outro ponto reforçado pelo publicitário diz respeito à própria essência do ser humano. “O grande problema das nossas causas é achar que o homem é melhor do que realmente é. Ele tem suas virtudes, mas é falho. Então precisamos pensar em movimentos simples, que levem em conta a fraqueza das pessoas e mobilizem alguém do outro lado do mundo”, conclui.
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Fonte: Mercado ético on line, 16/08/2011

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