domingo, 8 de abril de 2012

Os mandamentos do escritor


15 ensinamentos, segundo Nietzsche, 
Hemingway, Onetti e 
García Márquez
Os chamados mandamentos literários existem desde o surgimento da escrita. Aristóteles e Shakespeare foram pródigos em ensinar, por meio de conselhos, como se tornar um grande escritor. Gustave Flaubert, James Joyce, Henry Miller e Anaïs Nin também deixaram suas versões. Neste post, publico uma compilação de conselhos literários (ou mandamentos literários) de quatro nomes fundamentais da literatura mundial dos últimos 150 anos: Friedrich Nietzsche, Ernest Hemingway, Juan Carlos Onetti e Gabriel García Már­quez. A compilação reúne ex­cer­tos de textos publicados na “The Paris Review”, na “Esqui­re” e no “The Observer”. Os con­selhos literários de Ernest Hemingway foram adaptados por ele do Star Copy Style, o manual de redação do Kansas City Star, onde Ernest He­min­gway começou sua carreira jornalística em 1917.  

— Mintam sempre.
(Juan Carlos Onetti)

 Elimine toda palavra supérflua.
(Ernest Hemingway)

— Uma coisa é uma história longa e outra é uma história alongada.
(Gabriel García Márquez)

— Antes de segurar a caneta, é preciso saber exatamente como se expressaria de viva voz o que se tem que dizer. Escrever deve ser apenas uma imitação.
(Friedrich Nietzsche)

 Não sacrifiquem a sinceridade literária por nada. Nem a política, nem o triunfo. Escrevam sempre para esse outro, silencioso e implacável, que levamos conosco e não é possível enganar. (Juan Carlos Onetti)
 Use frases curtas. Use parágrafos de abertura curtos. Use seu idioma de maneira vigorosa. (Ernest Hemingway)

 Não force o leitor a ler uma frase novamente para compreender seu sentido.
(Gabriel García Márquez)

 O escritor está longe de possuir todos os meios do orador. Deve, pois, inspirar-se em uma forma de discurso expressiva. O resultado escrito, de qualquer modo, aparecerá mais apagado que seu modelo.
(Friedrich Nietzsche)

— Não escrevam jamais pensando na crítica, nos amigos ou parentes, na doce noiva ou esposa. Nem sequer no leitor hipotético.
(Juan Carlos Onetti)

10 — Evite o uso de adjetivos, especialmente os extravagantes, como “esplêndido”, “deslumbrante”, “grandioso”, “magnífico”, “suntuoso”.
(Ernest Hemingway)

11 — Se você se aborrece escrevendo, o leitor se aborrece lendo.
(Gabriel García Márquez)

12 — A riqueza da vida se traduz na riqueza dos gestos. É preciso aprender a considerar tudo como um gesto: a longitude e a pausa das frases, a pontuação, as respirações; também a escolha das palavras e a sucessão dos argumentos.
(Friedrich Nietzsche)

13  Não se limitem a ler os livros já consagrados. Proust e Joyce foram  depreciados quando mostraram o nariz. Hoje são gênios.
(Juan Carlos Onetti)

14 — O final de uma história deve ser escrito quando você ainda estiver na metade.
 (Gabriel García Márquez)

15 — O tato do bom prosador na escolha de seus meios consiste em aproximar-se da poesia até roçá-la, mas sem ultrapassar jamais o limite que a separa.
(Friedrich Nietzsche)
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Reportagem  POR EM 07/04/2012 ÀS 08:40 PM 
publicado em
http://www.revistabula.com/posts/web-stuff/os-mandamentos-do-escritor

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