quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A internet muda nossa personalidade (para pior)

Publicamos uma matéria na revista NOVA* que mostra como a internet está mudando a personalidade das pessoas – para pior. Na verdade, o que os estudiosos do tema dizem é que o anonimato garantido pela web está apenas dando um empurrãozinho para que liberemos traços de personalidade negativos que já estavam ali, escondidos. Um dos especialistas que captou essa tendência foi o psicólogo americano Elias Aboujaoud, autor do recém-lançado Virtually You: The Dangerous Powers Of The e-Personality (virtualmente você: os perigosos poderes da e-personalidade). Ele conta como a rede dá vazão a esses traços de personalidade que, sem ela, provavelmente não se manifestariam. E como eles se incorporam ao nosso eu off-line. Teclando em casa, no escritório ou em qualquer outro lugar que não possa ser vista, a pessoa parece esquecer que faz parte do mundo real, onde todos os atos têm implicações. Baseadas no livro e em conversas com estudiosos do tema, listamos os principais perigos de deixar o “eu virtual” contaminar o real:
1)      Fazer compras compulsivamente: Usar o cartão de crédito para fazer compras online é como brincar de banco imobiliário. Você não precisa desembolsar nada na hora, basta digitar o número do cartão e pronto.
2)      Tornar-se narcisista: Aboujaoud diz que o narcisista sempre se sentiu perfeito, mas a internet dá a ele a oportunidade de deixar isso transparecer ainda mais (falar de si próprio o tempo todo nas redes sociais: o que fez o que comeu, onde esteve etc.).
3)      Perder a noção do que é privado: Algumas pessoas – talvez até reservadas na vida privada – perdem totalmente a noção de privacidade e fazem das suas redes sociais um livro escancarado. (Quem já não viu uma amiga com um biquíni escandaloso no Facebook, ou a secretária do outro departamento em uma foto sexy demais no Skype?).
4)      Ser grosseiro, intolerante e preconceituoso: Um exemplo recente foi a repercussão nas redes sociais da notícia sobre o câncer do ex-presidente Lula. Antes mesmo que os médicos pudessem decidir qual seria o tratamento, começaram a pipocar no Facebook e no Twitter comentários desagradáveis. Iam desde o mais leve “quero ver agora se tratar no SUS” até alguns impublicáveis.
Os três primeiros itens são os que mais se refletem na vida da nossa leitora (na verdade, no das mulheres em geral): o consumismo, que ganha proporções ainda maiores com as compras online, e o narcisismo e falta de privacidade no Facebook e nas redes sociais. O resultado na vida real são conta bancária falida e problemas na vida pessoal e profissional por conta da exposição exagerada nas redes sociais.
textp * Por Fernanda Colavitti
de Nova

Fonte:  http://habla.abril.com.br/blog/editoras/

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