terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Conheça a igreja na Bélgica que se torna transparente (conforme a perspetiva)


 A Igreja Reading Between the Lines localiza-se na província belga de Limburg.
準建築人手札網站 Forgemind ArchiMedia

Uma capela tradicional ou projeto de arte contemporânea? Ilusão óptica ou verdadeiramente transparente? Conheça a igreja na Bélgica que muda de acordo com a perspetiva.
Imagine uma igreja feita de folhas de aço com espaços vazios entre os mesmos. O sol, quando atinge o chão, forma uma espécie de tabuleiro de xadrez. Do lado de fora, é possível ver quem está dentro. Agora dê três passos à direita e volte a olhar para a igreja. Nesta altura pode ver uma pequena capela tradicional e monocromática, de arquitetura modesta e paredes sólidas, como qualquer outra no interior da Bélgica.

Esta é a melhor descrição que se pode fazer da Igreja Reading Between the Lines, localizada na província belga de Limburg. O projeto foi concebido pelos arquitetos holandeses Pieterjan Gijs e Arnout Van Vaerenbergh em 2011, em parceria com o museu Z33.

A obra foi construída sob uma fundação de betão, a partir de onde 100 folhas de aço se empilham para criar o efeito de paredes transparentes. Cada folha é separada das outras por mais de 2.000 colunas de aço, com um peso total de 30 toneladas, explica a Slate. Esta separação permite que a igreja pareça transparente conforme o ângulo de que é olhada.

Segundo Gijs e Van Vaerenbergh, a Igreja Reading Between the Lines é uma provocação não apenas à permanência das obras arquitetónicas, mas também à igreja como espaço de reflexão: os seus visitantes são acolhidos como em qualquer outra igreja, mas também estão expostos ao mundo exterior. Os arquitetos definem o trabalho como “uma intervenção que inteage com o seu ambiente” e como “uma investigação sobre os fundamentos da construção em si mesma e o seu impacto sobre o mundo”.

Apesar de não realizar cultos, a igreja é acessível apenas a pé ou de bicicleta e os seus visitantes são convidados a entrar e rezar. Fique a conhecê-la – através dos registos de um fotógrafo japonês da Forgemind ArchiMedia.
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Fonte:  Observador, 02/12/2014

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