terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Quem é que o conhece melhor? O Facebook

Para o estudo foram analisados mais de 86 mil "likes"
Getty Images

Um novo estudo sugere que um perfil psicológico traçado a partir do Facebook é mais fiel do que um feito 
por amigos ou familiares. 

Um novo estudo desenvolvido por investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e de Stanford, nos Estados Unidos da América, sugere que um perfil psicológico traçado a partir do Facebook é mais fiel do que um feito por humanos.

Para o estudo, foram analisados milhares de “likes”, recolhidos a partir das contas de Facebook de mais de 86 mil voluntários, refere a Quartz. A partir destes, o grupo de investigadores foi capaz de construir um modelo em computador capaz de prever as características pessoais dos participantes, que foi depois testado contra as informações de amigos e familiares. Por exemplo, os indivíduos que tinham “gostado” do pintor Salvador Dalí e do filme Ted tendiam, por norma, a ter mentes mais abertas. Por outro lado, aqueles que tinham “gostado” da página da celebridade norte-americana Snookie, participante no “reality show” Jersey Shore, eram geralmente extrovertidos.

Depois das informações recolhidas terem sido comparadas com a avaliação de um ou dois amigos ou familiares, os cientistas descobriram que quantos mais “likes” fossem analisados, mais fiel seria o perfil criado a partir do computador. Nos indivíduos com 300 “likes” ou mais (a média é de 227), a análise feita com base no Facebook era muito mais exata do que a feita pelos familiares ou amigos.

Para o grupo de investigadores, os resultados indicam que existe a possibilidade de criar testes de personalidade automáticos e mais baratos, que poderão ajudar a traçar um perfil psicológico mais exato. Para David Stillwell, co-autor do estudo, citado pela Quartz, este tipo de testes poderá revolucionar a forma como as pessoas “escolhem casar, contratar um novo empregado ou eleger o presidente” e constitui um passo importante no desenvolvimento de computadores emocionalmente sensíveis.
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Reportagem por  Rita Cipriano
Fonte: Observador, 13/01/2015

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